Obras Completas de Luis de Camões, Tomo II

INDEX.

Pag.
PREFAÇÃO VII
VIDA DE LUIS DE CAMÕES XXXII
SONETOS.
Pag.
A chaga que, Senhora, me fizestes 62
A formosura desta fresca serra 135
A morte, que da vida nó desata 68
A peregrinação d'hum pensamento 132
A perfeição, a graça, o doce geito 46
A violeta mais bella que amanhece 60
Á la margen del Tajo, en claro dia 81
Acho-me da fortuna salteado 132
Agora toma a espada, agora a penna[4] 97
Ah Fortuna cruel! ah duros Fados 88
Ah minha Dinamene! assi deixaste 86
Ai amiga cruel! que apartamento 85
Alegres campos, verdes arvoredos 21
Alegres campos, verdes, deleitosos 104
Alma gentil que á firme eternidade 115
Alma minha gentil que te partiste 10
Amor, com a esperança ja perdida 26
Amor he hum fogo que arde sem se ver 41
Amor, que em sonhos vãos do pensamento 105
Amor, que o gesto humano na alma escreve 5
Aos homens hum só homem poz espanto{410} 123
Apartava-se Nise de Montano 27
Apollo e as nove Musas, descantando 26
Aponta a bella Aurora, luz primeira 121
Aquella fera humana que enriquece 38
Aquella que de pura castidade 48
Aquella triste e leda madrugada 13
Aqui de longos damnos breve historia 92
Ar, que de meus suspiros vejo cheio 58
Árvore, cujo pomo bello e brando 69
Ay! quien dará á mis ojos una fuente 112
Ayúdame, Señora, á hacer venganza 108
Bem sei, Amor, que he certo o que receio 40
Brandas agoas do Tejo que passando[5] 55
Busque Amor novas artes, novo engenho 8
Ca nesta Babylonia donde mana 98
Campo! nas syrtes deste mar da vida 85
Cantando estava hum dia bem seguro 87
Chara minha inimiga, em cuja mão 12
Chorai, Nymphas, os fados poderosos 139
Coitado! que em hum tempo chóro e rio 76
Com grandes esperanças ja cantei 2
Como fizeste, ó Porcia, tal ferida? 31
Como louvarei eu, Seraphim santo 124
Como podes (oh cego peccador!) 118
Como quando do mar tempestuoso 41
Con razon os vais, aguas, fatigando 112
Contente vivi ja vendo-me isento 125
Conversação doméstica affeiçoa 44
Correm turbas as agoas deste rio 98
Crescei, desejo meu, pois que a Ventura 65
Criou a natureza Damas bellas 77
Cuanto tiempo ha que lloro un dia triste {411} 114
Dai-me h~ua lei, Senhora, de querer-vos 35
De amor escrevo, de amor trato e vivo 52
De Babel sôbre os rios nos sentamos 119
De cá, donde somente o imaginar-vos 59
De frescas belvederes rodeadas 102
De mil suspeitas vãas se me levantão 61
De quantas graças tinha a natureza 66
De tão divino accento em voz humana[6] 32
De vós me parto, ó vida, e em tal mudança 12
Debaixo desta pedra está metido 32
Debaixo desta pedra sepultada 116
Deixa, Apollo, o correr tão apressado 125
Desce do ceo, immenso Deos benino 100
Despois de haver chorado os meus tormentos 101
Despois de tantos dias mal gastados[7] 28
Despois que quiz Amor que eu só passasse 3
Despois que vio Cibele o corpo humano[8] 96
Diana prateada esclarecida 141
Ditosa pena, como a mão que a guia[9] 94
Ditosas almas que ambas juntamente 124
Ditoso seja aquelle que somente 38
Diversos dões reparte o ceo benino 72
Divina companhia que nos prados 81
Dizei, Senhora, da belleza idea 138
Doce contentamento ja passado 133
Doce sonho, suave e soberano 140
Doces e claras agoas do Mondego 67
Doces lembranças da passada gloria {412} 10
Dos antigos Illustres que deixárão 44
Dos ceos á terra desce a mor belleza 100
Dulces engaños de mis ojos tristes 113
Em Babylonia sôbre os rios quando 120
Em flor vos arrancou de então crescida[10] 7
Em formosa Lethea se confia 14
Em huma lapa toda tenebrosa 128
Em prisões baixas fui hum tempo atado 3
Em quanto Phebo os montes accendia 141
Em quanto quiz fortuna que tivesse 1
En una selva al dispuntar del dia 83
Erros meus, má Fortuna, amor ardente 97
Esfôrço grande, igual ao pensamento[11] 45
Espanta crescer tanto o crocodilo 95
Esses cabellos louros e escolhidos 53
Está o lascivo e doce passarinho 16
Está-se a Primavera trasladando 15
Este amor que vos tenho limpo e puro 135
Este terreste caos com seus vapores 64
Eu cantarei de amor tão docemente 2
Eu cantei ja, e agora vou chorando 84
Eu me aparto de vós, Nymphas do Tejo 80
Eu vivia de lagrimas isento 137
Ferido sem ter cura parecia 35
Fiou-se o coração de muito isento 106
Foi ja n'hum tempo doce cousa amar 43
Formosa Beatriz, tendes taes geitos 104
Formosos olhos, que cuidado dais 130
Formosos olhos, que na idade nossa 20
Formosura do ceo a nós descida 34
Gentil Senhora, se a Fortuna imiga {413} 72
Grão tempo ha ja que soube da Ventura 24
Guardando em mi a sorte o seu direito 86
He o gozado bem em agoa escrito 66
Horas breves de meu contentamento 91
Hum firme coração posto em ventura[12] 57
Hum mover de olhos brando e piedoso 18
Huma admiravel herva se conhece 65
Illustre e digno ramo dos Menezes[13] 4
Ilustre Gracia, nombre de una moza 129
Imagens vãas me imprime a phantasia 116
Indo o triste pastor todo embebido 138
Ja a roxa e branca Aurora destoucava 36
Ja cantei, ja chorei a dura guerra 90
Ja claro vejo bem, ja bem conheço 58
Ja do Mondego as agoas apparecem[14] 56
Ja he tempo, ja que minha confiança 25
Ja me fundei em vãos contentamentos 127
Ja não sinto, Senhora, os desenganos 136
Julga-me a gente toda por perdido 76
Las peñas retumbaban al gemído 83
Leda serenidade deleitosa 40
Lembranças de meu bem, doces lembranças 130
Lembranças, que lembrais o bem passado 89
Lembranças saudosas, se cuidais 27
Levantai, minhas Tagides, a frente[15] {414} 114
Lindo e subtil trançado que ficaste 22
Los ojos que con blando movimiento 107
Mal, que de tempo em tempo vas crescendo 117
Males que contra mim vos conjurastes 14
Mi gusto y tu beldad se desposaron 110
Mil veces entre sueños tu figura 109
Mil vezes determino não vos ver 62
Moradoras gentis e delicadas 54
Mudão-se os tempos, mudão-se as vontades 29
Na desesperação ja repousava 71
Na margem de hum ribeiro que fendia 74
Na metade do ceo subido ardia 36
Naiades, vós que os rios habitais 29
Na ribeira do Euphrates assentado 139
Não ha louvor que arribe á menor parte 59
Não passes, caminhante. Quem me chama? 19
Não vas ao monte, Nise, com teu gado 60
Nas cidades, nos bosques, nas florestas 126
Nem o tremendo estrepito da guerra 106
N'hum bosque que das Nymphas se habitava 11
N'hum jardim adornado de verdura 7
N'hum tão alto lugar de tanto preço 142
No bastaba que amor puro y ardiente 108
No mundo poucos annos e cansados 51
No mundo quiz o Tempo que se achasse 45
No regaço da mãe Amor estava 64
No tempo que de amor viver sohia 4
Nos braços de hum Sylvano adormecendo 103
Novos casos de Amor, novos enganos[16] 55
Nunca em amor damnou o atrevimento 67
O ceo, a terra, o vento socegado 87
O culto divinal se celebrava 39
O cysne quando sente ser chegado {415} 22
O filho de Latona esclarecido 69
O fogo que na branda cera ardia[17] 20
O raio crystallino se estendia 50
O claras aguas deste blando rio 109
Oh arma unicamente só triumphante 122
Oh cese ya, Señor, tu dura mano 113
Oh como se me alonga de anno em anno 25
Oh quanto melhor he o supremo dia 118
Oh quão caro me custa o entender-te 49
Oh rigorosa ausencia desejada 111
Olhos, aonde o ceo com luz mais pura 77
Ondados fios d'ouro onde enlaçado 105
Ondados fios d'ouro reluzente 43
Onde acharei lugar tão apartado 91
Onde mereci eu tal pensamento 102
Onde porei meus olhos que não veja 56
Orfeo enamorado que tañia 84
Ornou sublime esfôrço ao grande Atlante[18] 95
Os meus alegres, venturosos dias 90
Os olhos onde o casto amor ardia 94
Os Reinos e os Imperios poderosos[19] 11
Os vestidos Eliza revolvia 49
Para se namorar do que criou 99
Passo por meus trabalhos tão isento 6
Pede o desejo, Dama, que vos veja 16
Pensamentos que agora novamente 47
Pois meus olhos não cansão de chorar 34
Pois torna por seu rei e juntamente[20] 96
Por cima destas agoas forte e firme {416} 70
Por gloria tuve un tiempo el ser perdido 82
Por os raros extremos que mostrou 23
Por sua nympha Céphalo deixava 92
Porque a tamanhas penas se offerece 101
Porque a terra no ceo agasalhasse 121
Porque quereis, Senhora, que offereça 17
Posto me tem fortuna em tal estado 143
Presença bella, angelica figura 70
Pues lágrimas tratais, mis ojos tristes 143
Pues siempre sin cesar, mis ojos tristes[21] 131
Qual tem a borboleta por costume 129
Quando a suprema dor muito me aperta 74
Quando da bella vista e doce riso 9
Quando de minhas mágoas a comprida 37
Quando o sol encoberto vai mostrando 18
Quando os olhos emprégo no passado 89
Quando se vir com agoa o fogo arder 73
Quando, Senhora, quiz Amor que amasse 137
Quando vejo que meu destino ordena 28
Quanta incerta esperança, quanto engano 117
Quantas penas, Amor, quantos cuidados 142
Quantas vezes do fuso se esquecia 21
Quanto tempo, olhos meus, com tal lamento 88
Que doudo pensamento he o que sigo[22] 57
Que esperais esperança? Desespéro 78
Que estilla a árvore sacra? Hum licor santo 122
Que levas, cruel Morte? Hum claro dia[23] 42
Que me quereis, perpétuas saudades? 111
Que modo tão subtil da natureza {417} 73
Que pode ja fazer minha ventura 144
Que poderei do mundo ja querer 47
Que vençais no Oriente tantos Reis[24] 33
Quem diz que Amor he falso, ou enganoso 103
Quem fosse acompanhando juntamente 39
Quem jaz no grão sepulcro, que descreve 30
Quem póde livre ser, gentil Senhora 31
Quem pudera julgar de vós, Senhora 53
Quem quizer ver d'amor huma excellencia 107
Quem, Senhora, presume de louvar-vos 54
Quem ve, Senhora, claro e manifesto 9
Revuelvo en la incesable fantasía 82
Se a fortuna inquieta e mal olhada 134
Se algum'hora essa vista mais suave 79
Se as penas com que Amor tão mal me trata 30
Se com desprezos, Nympha, te parece 63
Se como em tudo o mais fostes perfeita 78
Se da célebre Laura a formosura 52
Se despois de esperança tão perdida 50
Se em mim, ó alma, vive mais lembrança 128
Se lagrimas choradas de verdade 127
Se me vem tanta gloria só de olhar-te 75
Se no que tenho dito vos offendo 133
Se pena por amar-vos se merece 42
Se quando vos perdi, minha esperança 13
Se somente hora alguma em vós piedade 24
Se tanta pena tenho merecida 17
Se tomo a minha pena em penitencia 48
Seguia aquelle fogo que o guiava 93
Sempre a razão vencida foi de amor 75
Sempre, cruel Senhora, receei 134
Senhor João Lopes, o meu baixo estado[25] {418} 68
Senhora ja desta alma perdoae 140
Senhora minha, se eu de vós ausente 63
Sentindo-se alcançada a bella esposa 93
Sete annos de pastor Jacob servia 15
Si el fuego que me enciende, consumido 110
Sôbre os rios do Reino escuro, quando 120
Suspiros inflammados que cantais 37
Sustenta meu viver huma esperança 136
Tal mostra de si dá vossa figura 71
Tanto de meu estado me acho incerto 5
Tanto se forão, Nympha, costumando 79
Tem feito os olhos neste apartamento 131
Todo animal da calma repousava 8
Tomava Daliana por vingança 23
Tomou-me vossa vista soberana 19
Tornae essa brancura á alva açucena 61
Transforma-se o amador na cousa amada 6
Vencido está de amor Meu pensamento 80
Verdade, Amor, Razão, Merecimento 119
Vi queixosos de Amor mil namorados 126
Vós Nymphas da Gangetica espessura[26] 115
Vós outros que buscais repouso certo 99
Vós, que de olhos suaves e serenos 46
Vós que escutais em rimas derramado 51
Vós só podeis, sagrado Evangelista 123
Vossos olhos, Senhora, que competem 33
ECLOGAS.
Pag.
A quem darei queixumes namorados[27] 201
A rustica contenda desusada[28]{419} 212
Agora, Alcido, emquanto o nosso gado 268
Agora ja que o Tejo nos rodeia 279
Ao longo do sereno 160
Arde por Galatea branca e loura 240
As doces cantilenas que cantavão[29] 222
Cantando por hum valle docemente 189
De quanto alento e gôsto me causava 288
Despois que o leve barco ao duro remo 242
Encheo do mar azul a branca praia 247
Parece-me, pastor, se mal não vejo 252
Pascei, minhas ovelhas: eu em quanto 275
Passado ja algum tempo que os amores 179
Que grande variedade vão fazendo[30] 145
CANÇÕES
Pag.
A instabilidade da fortuna 303
A vida ja passei assaz contente 356
Com fôrça desusada 315
Formosa e gentil Dama, quando vejo 300
Ja a roxa manhãa clara 307
Junto d'hum secco, duro e esteril monte 328
Manda-me Amor que cante docemente 318
Manda-me Amor que cante o que a alma sente 322
Nem roxa flor d'Abril 340
Oh pomar venturoso 343
Por meio de humas serras mui fragosas 352
Qu'he isto? Sonho? Ou vejo a Nympha pura 349
Quem com solido intento 346
Se este meu pensamento 311
Tomei a triste pena 326
Vinde cá, meu tão certo secretario 332
Vão as serenas agoas{420} 309
ODES.
Pag.
A quem darão do Pindo as moradoras 376
Aquelle moço fero 383
Aquelle unico exemplo[31] 378
Detem hum pouco, Musa, o largo pranto 360
Fogem as neves frias 380
Formosa fera humana 368
Ja a calma nos deixou 389
Naquelle tempo brando 386
Nunca manhãa suave 371
Póde hum desejo immenso 373
Se de meu pensamento 365
Tão suave, tão fresca e tão formosa 363
NOTAS 395